Entrevista com o Professor Doutor Fuad Ahmad Hazime

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Quando e onde você nasceu?

“Nasci em  Ponta Porã-Mato Grosso do Sul, no dia 13 de fevereiro de 1978.”

Fuad, qual sua formação acadêmica? 

“Fisioterapeuta pela Universidade Estadual de Londrina, entrei em 1998 e sai em 2001.”

Porque você escolheu a fisioterapia? Sempre foi o curso dos sonhos?

“Eu tinha 3 opções: medicina, direito e fisioterapia aí eu fui vendo, fui vendo… aí prestei fisioterapia no meio do ano. Lá tinha vestibular de inverno, passei e comecei a fazer.”

E quais são as disciplinas que você ministra no curso de fisioterapia?

“Recursos fisioterapêuticos, estágio supervisionado em fisioterapia traumato-ortopédica, reumatológica e desportiva. Tudo isso chama-se estágio em fisioterapia músculoesquelética hoje, no currículo novo”

Você iniciou sua carreira profissional atuando como fisioterapeuta ou optou pela área acadêmica desde o princípio?

“Não. Me formei, fui fazer especialização em fisioterapia ortopédica esportiva em São Paulo, na UNIFESP em 2002. Em 2003 eu terminei e comecei trabalhar em uma clínica de reabilitação  reumatológica e ortopédica.”

Quais são as suas linhas de pesquisa?

“Minha linha de pesquisa é Neuromodulação da Dor e Desempenho Sensório-motor utilizando estimulação elétrica cerebral periférica e exercícios terapêuticos.”

Possui projetos de extensão?

“Tinha, finalizei no ano passado. Era o projeto de extensão Circuito da dor: ações de prevenção e combate. Tinha uma bolsa de extensão e finalizou em abril desse ano. Então agora não tenho mais.”

Como foi sua experiência internacional no Centro do Hospital Saint-Justine, da Universidade de Montreal, Canadá?

“Foi uma experiência maravilhosa! Na verdade a experiência de vida foi mais importante que a experiência acadêmica. Experiência acadêmica só amadureceu um pouco, porque eu achava que precisava aprender um pouco a sistemática do raciocínio deles. Eles são muito mais pragmáticos, muito mais diretos que a gente… Pra testar uma ideia a gente faz um projeto, fica 02 anos escrevendo um projeto, leva pro comitê de ética e aí de repente a ideia não dá certo. Então você perde muito tempo. Lá não, lá você tem uma ideia e testa, se a ideia for boa, se ela vingar você já inclui ela em um projeto que já tem um comitê de ética, você só adiciona aquela hipótese, testa ela. Se deu certo aumenta a amostra e publica. Então eles são muito mais eficientes, e no Brasil eu não tive essa formação então essa experiência somou. Já no ponto de vista da experiência de vida não tem o que falar, aqui é uma cultura lá é outra, e foi bom também pra ver que as estruturas que tem no Brasil não são piores do que as que tem lá, é que lá tem mais facilidade, mas não é muito melhor do que aqui, pois aqui por exemplo: se eu quiser um equipamento que custa 150 mil, vai demorar pra chegar, lá não eles já tem.”

Quais são suas expectativas com a UFDPar?

“São as melhores possíveis, pensando que nós vamos ter independência administrativa e financeira. Eu espero que com a gente usando o próprio dinheiro e tendo sabedoria pra isso a Universidade só tem a crescer.”

Que mensagem você deixa aos graduandos do curso de fisioterapia, em especial aos do 1 período?

“Estudem que nem uns condenados (risos). Primeiro período você tem oportunidade de construir sua carreira no começo, do jeito que deveria ser.  Então assim: tem hora pra festar? Tem hora pra festar, mas na hora de estudar estuda até “rachar”, entrar na Federal, tirar sete e passar… qualquer um faz isso. Então aproveite a Federal, porque aqui professor tem tempo pra te estimular à pesquisa e extensão, então aqui tem uma estrutura que te dá oportunidades. Você tem que pensar o seguinte: por que eu vou conseguir um emprego e o outro não?  Porque você deve ter feito algo a mais, algo diferente, então você tem que se dedicar. Se no primeiro período você colocar na cabeça que tem hora pra tudo vai dá pra você conciliar. Universidade é melhor época da vida! Então a mensagem final que eu deixo é: aproveite ao máximo a estrutura da Universidade e tente colocar na sua cabeça que o mercado de trabalho é extremamente seletivo em todas as profissões, então estude e aproveite também porque ninguém é de ferro.”

ARTICULAÇÕES

Articulações: São pontos de contato entre os ossos, ossos e cartilagens, ossos e dentes.The InfoVisual.info site uses images to explain objects.

  • SINARTROSE (FIBROSA):

Os ossos são unidos por tecido fibroso;

Não permite movimentos (são fixas);

De acordo com a forma são classificadas como:

  1. SUTURA – Plana (entre os ossos nasais); Serreada ou denteada (entre os ossos parietais); Escamosa (entre os ossos temporal e parietal).
  2. SINDESMOSE;
  3. GONFOSE;

 

  • ANFIARTROSE (CARTILAGINOSA):

Os ossos são unidos por cartilagem hialina ou                                                                       fibrocartilagens;

Permite poucos movimentos;

 

Podem ser classificadas em 02 tipos:

  1. SÍNFISE (fibrocartilagem; ocorre entres os corpos vertebrais e a sínfise púbica);
  2. SINCONDROSE (cartilagem hialina; articulação esfeno-occiptal);

 

  • DIARTROSE (SINOVIAL): 

Cápsula e espaço articular;

Ligamentos e cartilagens;

Membrana sinovial e líquido sinovial;

Permitem vários movimentos;

 

De acordo com a forma podem ser classificadas como:

  1. PLANA (deslizam);
  2. GÍNGLIMO (tipo dobradiça; apenas um plano e eixo);
  3. TROCÓIDE (articulação em pivô);
  4. ELIPSÓIDE (a superfície articular de um osso articula- se a depressão de outro osso);
  5. EM SELA (assemelham -se a posição de um cavaleiro sobre a sela);
  6. ESFERÓIDE (possuem forma esférica)

Mecanoterapia e Mecanotransdução celular

  • Mecanoterapia

mecanoterapia é uma área da fisioterapia que engloba um conjunto de técnicas de tratamento e prevenção de diferentes patologias que necessitam da utilização de aparelhagem, sendo mecânicos com fins terapêuticos (halteres, molas, elásticos, bolas, cama elástica, etc.) Busca promover, desenvolver e restaurar a manutenção da força muscular, melhorar a mobilidade articular, a flexibilidade e a coordenação, além de ajudar no ganho de massa e potência muscular.

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A mecanoterapia tem como indicações o tratamento de lesões neuro-músculo-esqueléticas, tratamento de alterações do equilíbrio e da postura, reeducação da marcha etc.

A utilização dos aparelhos como recurso terapêutico nas condutas fisioterapêuticas deve proporcionar aspectos de convenção de energia potencial (química, metabólica) em energia cinética (mecânica). O objetivo de qualquer programa de exercício de mecanoterapia é a aquisição de movimento e funcionalidade, livres de sintomas.

 

  • Os aparelhos utilizados na Mecanoterapia são divididos mediante o grau de patologia do paciente e estão classificados em:

 

1 – Programa de exercícios resistidos mecânicos – Consiste em um circuito de pesos e proporciona condicionamento mais generalizado, aprimorando a força, resistência muscular e aptidão cardiovascular.

2 – Pesos livres e máquinas com pesos – O treinamento com pesos livres permite maior especificidade no treinamento e força o atleta a controlar o equilíbrio e os fatores de estabilização. Este treinamento oferece algumas desvantagens, como um maior risco de lesões por queda dos pesos, aumento no tempo de atividade devido a alterações de resistência e exige estabilização externa nas fases iniciais do tratamento. Já as máquinas com pesos são mais seguras, estáveis, de fácil monitoração do progresso e necessidade de pouco tempo para troca de pesos, em compensação possuem alto custo.

3 – Recursos de resistência elástica

  • Mecanotransdução Celular

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Processo pelo qual as células convertem estímulos mecânicos em uma resposta química. Pode ocorrer tanto em células especializadas para sensações mecânicas (mecanorreceptores) como em células parenquimais, cuja função principal não é mecanossensitiva.

Para saber mais sobre o assunto:

https://fisioterapiaparnaiba.wordpress.com/2017/09/21/mecanotransducao/

Proteína Tau e o Alzheimer

 

Um mecanismo de defesa do cérebro pode ser, ironicamente, uma das causas do mal de Alzheimer, doença sem cura e que provoca a demência. Esta aparente contradição foi proposta por um estudo publicado pelo periódico “Science Translational Medicine”, e reforça a ideia de que a enfermidade está ligada a diferentes infecções. De acordo com os pesquisadores, ainda são necessários mais estudos, em humanos, mas caso se comprove, a descoberta terá implicações na prevenção e tratamento dessa doença degenerativa.

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Numa pessoa saudável, a proteína Tau tem como função facilitar a polimerização da tubulina na célula, de maneira que se formem os microtúbulos( são estruturas proteicas que fazem parte do citoesqueleto nas células). Nos emaranhados neurofibrilares a agregação de Tau se dá pela fosforilação irreversível sofrida por essa proteína, impedindo dessa forma sua função normal e por sua vez facilitando sua agregação em fibrilas. Essas alterações provocam implicações no mecanismo de transporte neuronal, com isso o neurônio não pode transmitir sinais elétricos nem transportar nutrientes. Nos portadores de Alzheimer, observa-se que o acúmulo da proteína atrapalham estas estruturas. Faz com que elas colapsem em emaranhados. Já se observou que os sintomas de Alzheimer aumentam na mesma taxa em que a proteína Tau se acumula.

De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 47,5 milhões de pessoas convivem com algum tipo de demência, sendo que o Alzheimer é responsável por cerca de 70% dos casos. Ainda segundo a entidade, em 2050, esse universo pode passar dos 130 milhões de pacientes, geralmente idosos com mais de 65 anos. Na prática o Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem, e pode causar a morte do paciente.

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As células imortais de Henrietta Lacks

Henrietta Lacks teve câncer no colo do útero pouco antes de morrer, e um médico retirou um pedaço de tecido para uma biópsia, sem pedir autorização, já que na época ainda não havia legislação específica sobre o assunto.

Desde então, as células removidas do corpo dela vêm crescendo e se multiplicando. Há bilhões delas em laboratórios do mundo todo sendo usadas por cientistas, que as batizaram de linha celular HeLa, uma referência ao nome de Henrietta.

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As células do tumor que foram retiradas do corpo de Henrietta foram mantidas na unidade hospitalar de câncer do hospital, porque elas podiam ser cultivadas indefinidamente no laboratório. De fato, as células de Henrietta foram as primeiras células humanas imortais cultivadas em laboratório e já vivem há mais tempo fora do que dentro do corpo de Henrietta.

As células HeLa acabaram sendo perfeitas para desenvolver a vacina contra a poliomielite, uma vez que para desenvolvê-la era necessário que o vírus crescesse em células de laboratório, e, para isso, eram necessárias células humanas”. Essas as vacinas salvaram milhões de pessoas, fazendo com que essa linha celular ficasse mundialmente conhecida.

Elas não somente permitiram o desenvolvimento de uma vacina contra a poliomielite e inúmeros tratamentos médicos, mas foram levadas nas primeiras missões espaciais e ajudaram cientistas a prever o que aconteceria com o tecido humano em situações de gravidade zero.

Elas também foram as primeiras a serem compradas, vendidas, embaladas e enviadas para milhões de laboratórios em todo o mundo – alguns deles dedicados a experiências com cosméticos, para avaliar os eventuais efeitos colaterais indesejados dos produtos.

Resumindo, além da contribuição científica, faturou-se bilhões de dólares em produtos testados em células HeLa. E tudo foi feito sem o conhecimento e consentimento da família de Henrietta Lacks.

Foi somente em 1973 que a família de Lacks soube pela primeira vez que as células de Henrietta ainda estavam vivas. Quando a família Lacks percebeu o que eles estavam fazendo com as células de Henrietta, dediciram consultar advogados para ver se eles tinham direito a receber dinheiro da indústria de biotecnologia.

Em agosto de 2013, a família Lacks conquistou o controle parcial sobre o acesso de cientistas ao código de DNA das células de Henrietta.

Seu filho mais velho, Lawrence, de 82 anos, afirmou que a família ainda não está satisfeita e quer uma indenização, além do reconhecimento sobre a contribuição dela para a ciência.

Doenças negligenciadas

Doenças negligenciadas são aquelas doenças causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. O baixo acesso à água e a falta de saneamento básico contribuem para a disseminação dessas doenças.

Dentre as doenças negligenciadas estão:

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Estas enfermidades, incapacitam ou matam milhões de pessoas e representam uma necessidade médica importante que permanece não atendida.

O tratamento de algumas dessas doenças é conhecido e é barato, mas não estão disponíveis nas áreas mais pobres do mundo. Estas doenças possuem investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e vacinas. Isto acontece porque não há interesse da indústria farmacêutica em investir muito nessas doenças por conta do baixo potencial de retorno lucrativo, já que elas se concentram em populações de baixa renda e em países em desenvolvimento.

Interstício: o novo órgão do corpo humano

O interstício ainda não tinha sido descrito porque é destruído ao ser colocado nas lâminas microscópicas utilizadas para analisar as células do corpo. No entanto, com novas técnicas de observação através de imagem, o grupo de cientistas norte-americanos conseguiu descobrir o órgão. Ao mudar a técnica de fazer a biópsia, a equipe conseguiu preservar a anatomia da estrutura, “demonstrando que ela forma parte da submucosa e que é um espaço intersticial cheio de fluído não observado anteriormente”. Assim, foram identificadas “tiras largas e escuras ramificadas, rodeadas de espaços grandes e poligonais cheios de fluoresceína”, descreve o estudo.

O interstício pode ser nada menos do que um dos maiores órgãos do corpo humano, assim como a pele. Estes tecidos ficam localizados debaixo da pele, recobrem o tubo digestivo, os pulmões e o sistema urinário, rodeiam as artérias, veias e fáscia (estrutura fibrosa onde se fixam músculos). Ou seja, são uma estrutura que se estende por todo o corpo. Os cientistas afirmam que essa rede de cavidades de colágeno e elastina, cheia de líquido, reuniria mais de um quinto de todo o fluído do organismo. Antes, se acreditava que essas camadas intersticiais do corpo humano fossem formadas por um tecido conjuntivo denso e sólido. Mas, na realidade, elas estão interconectadas entre si, através de compartimentos cheios de líquidos.0000000008849.png

Essa descoberta foi feita por uma equipe de patologistas da Escola de Medicina da Universidade de Nova York (NYU), Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports. Embora o interstício não seja oficialmente um novo órgão, a descoberta da estrutura traz novas perspectivas para a compreensão de mecanismos relacionados a uma série de doenças. “Esta descoberta tem potencial para impulsionar avanços na medicina, incluindo a possibilidade de que a amostragem direta do fluido intersticial possa se tornar uma poderosa ferramenta de diagnóstico”, disse Neil Theise ao site Live Science

No artigo, os cientistas destacam que esta descoberta pode ser importante para o estudo de metástases de câncer, bem como do edema, da fibrose e dos mecanismos de funcionamento de tecidos e órgãos.  Por enquanto, a identificação desse “espaço intersticial” levanta várias hipóteses.

Autofagia e neurodegeneração

Autofagia (do grego autos, próprio, e phagein, comer). É uma atividade indispensável à sobrevivência da célula. Em algumas situações, a autofagia é uma atividade puramente alimentar. Quando um organismo é privado de alimento e as reservas do seu corpo se esgotam, as células, como estratégia de sobrevivência no momento de crise, passam a digerir partes de si mesmas. Ademais, a autofagia também ocorre dentro das células para eliminar os restos do metabolismo, prolongando a vida da célula sadia, beneficiando o nosso corpo e, além de eliminar  as substâncias produzidas erroneamente pela célula que, se persistirem dentro dela, induz a ocorrência de doenças. Sabe-se que a célula se “auto-canabaliza”, englobando porções de seu citoplasma ou até de organelas inteiras, em estruturas denominadas autofagolisossomos, e as macromoléculas, resultantes da degradação por hidrolases lisossomais, são fonte de energia celular em distintas situações.

No Alzheimer e Parkinson, por exemplo, são produzidas proteínas anômalas dentro das células do sistema nervoso que levam à doença.

As descobertas do professor japonês Yoshinori Ohsumi, que lhe renderam o Prêmio Nobel em Medicina de 2016, passam pela descrição de como esse processo de autofagia acontece. Seus estudos permitiram identificar 15 genes relacionados a esse processo e, também, concluir que alguns fatores- como baixa de oferta energética para a célula – podem desencadear a autofagia celular.Ct1WDLhXgAAfOgb1.jpg-large1

Essas observações abrem um campo de estudo fantástico para o controle das doenças que são desencadeadas por erros no seu metabolismo.

Assim, ativando-se a autofagia celular torna-se possível controlar doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson. De outro lado, inibindo a autofagia celular seria possível encurtar o tempo de vida das células cancerosas, que assim o são por produzirem substâncias anômalas em seu interior.

 

Mitocôndria e apoptose

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As mitocôndrias são organelas complexas presentes nas células eucarióticas. Possuem duas membranas lipoproteicas: uma externa e uma interna, além de moléculas de DNA, enzimas e ribossomos e têm capacidade de autoduplicação. Tem como função produzir a maior parte da energia das células, através do processo chamado de respiração celular. Além disso, essas organelas  podem dar continuidade a apoptose ou retardá-la.

O QUE É APOPTOSE?apoptose-1-638.jpg

É um tipo de autodestruição celular ordenada com uma finalidade biológica definida e que demanda certo gasto de energia para a sua execução, ao contrário da necrose, que é uma simples degeneração. A apoptose pode também ser causada por um estímulo patológico não fisiológico, como a lesão ao DNA celular, por exemplo.A apoptose envolve uma série de alterações morfológicas na célula que leva à inativação e fragmentação dela, ao final de seu ciclo, sem extravasar conteúdo tóxico para o meio extracelular, portanto, sem causar dano tecidual. Os restos celulares são fagocitados (englobados e digeridos) por macrófagos teciduais, sem danos para as demais células do tecido. Esta remoção limpa da célula evita os problemas inflamatórios de necrose.

CAUSAS DA APOPTOSE:

A apoptose pode ocorrer em virtude de estímulos fisiológicos normais, quando então é útil para manter o equilíbrio interno do organismo, ou por causas patológicas.

FUNÇÕES DA APOPTOSE:

O processo de apoptose é biologicamente fundamental em vários sentidos. É ele que determina, entre outros fatores, o tamanho dos tecidos e órgãos e remove células envelhecidas ou alteradas, dando lugar a células jovens e sadias.

Também evita a proliferação de células indesejadas, que poderiam se transformar em câncer, ou espalhar uma infecção viral. Assim, os sinais que dizem que a célula não está atuando corretamente são respostas naturais para a produção de apoptose, para remover a célula anormal antes que possa espalhar-se o dano.

 

Ex-post facto

Este tipo de pesquisa é realizada após a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos. Na pesquisa ex-post facto o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno porque ele já ocorreu.

  • OBJETIVO– Investigar possíveis relações de causa e efeito pela observação de alguma consequência existente;
  • CARACTERÍSTICAS– Não é possível a manipulação de variáveis independentes, pois lida com variáveis que, por natureza, não são manejáveis;
  • DESVANTAGENS– Falta de controle sobre as variáveis independentes, menor confiança nos resultados em relação com pesquisas experimentais;